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AQUILO DE QUE NÃO SE PODE FALAR

Artigo publicado na Revista Alter (2021)

A tristeza, para Spinoza, é todo tipo de paixão que diminui a nossa potência de agir. Imerso em tristeza, como continuar? Como se rodear de afetos que nos impulsionem à ação? Como interromper relações que sequestram a alegria de nosso fazer? Sobretudo, citando Peter Pál Pelbart, como aqueles que detêm o poder fazem questão de nos afetar de tristeza? Sinto – e sinto muito – que, em diversos contextos, a universidade brasileira tenha se tornado um terreno mais favorável à manutenção da tristeza do que da alegria, que a orientação de alunxs em programas de pós-graduação tenha se tornado, em diversos casos, um exercício autoritário da autoridade. Professores que não orientam alunxs, alunxs que não conseguem romper com a violência dessas relações, relações violentas que são vistas de modo eufemístico pelas instituições.

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